O mercado de inteligência artificial em Portugal está mais efervescente, eclético e diverso e, nas próximas semanas, o país deverá receber grandes investimentos em data centers. Essa afirmação foi feita pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, na conferência “Inteligência artificial: os desafios da inovação e da regulação”[https://www.anacom.pt/render.jsp?contentId=1817086], ocorrida no Museu do Oriente, em Lisboa, no dia 19. 

Na altura, Pinto Luz também anunciou que a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom)[https://www.anacom.pt/] foi designada pelo governo de Portugal para responder pela regulamentação do mercado tecnológico no país, no âmbito da IA. A base do trabalho da Anacom será o AI Act[https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/policies/regulatory-framework-ai], a regulamentação da IA oficializada pela União Europeia em junho de 2024 e a primeira no mundo no setor. 

De acordo com Pinto Luz, o mercado português de IA está mais ativo do que nunca: “Não é por acaso que grandes data centers – e alguns serão anunciados nas próximas semanas – se querem instalar em Portugal, com grandes investimentos em IA. É porque temos talento, temos conhecimento, temos capacidade, mas também temos regras claras e transparentes e celeridade na tomada de decisões”, afirmou o ministro.

Um desses centros de dados poderá ser construído em Abrantes, no Alentejo, com investimento em torno de 7 bilhões de euros. De acordo com o portal Eco[https://eco.sapo.pt/2025/09/16/data-center-de-sete-mil-milhoes-em-abrantes-abre-em-2028-e-tem-capital-estrangeiro-diz-investidor/], um dos parceiros nesse empreendimento é a EDC One, e o data center se desenvolverá em três fases, com funcionamento previsto para o segundo trimestre de 2028.

“Contamos com parceiros internacionais, nacionais e locais que divulgaremos logo que seja oportuno”, informou José Meneses da Silva Moura, gestor da EDC One. Ele explicou que, na primeira fase, o centro de dados contará com 300 megawatts, e o plano é expandir a capacidade para 800 MW no final da terceira fase.
Além deste projeto, a Start Campus está a construir um grande data center em Sines, também no Alentejo, que poderá representar um investimento de mais 30 bilhões de euros nos próximos cinco anos. Quando a primeira unidade do megacentro de dados foi inaugurada[https://eco.sapo.pt/2025/04/04/megacentro-de-dados-em-sines-traz-investimento-de-30-mil-milhoes-para-portugal-ate-2030/], em abril deste ano, o CEO da Start Campus, Robert Dunn, informou que o centro está preparado para tecnologias cloud, IA e computação de alta performance, com capacidade total de 1,2 gigawatt.